A recriação da primeira aeronave conhecida no mundo que fez um voo, a Passarola, de Bartolomeu de Gusmão, constitui a novidade da edição deste ano da Ciência na Rua, em Estremoz, anunciou hoje a organização.
A segunda edição da Ciência na Rua inclui ainda representações livres de descobertas científicas de Galileu, Arquimedes e Foucault, entre outros génios, que vão animar no fim-de-semana as ruas da cidade alentejana de Estremoz.
De acordo com o Centro Ciência Viva de Estremoz, a iniciativa decorre sábado e domingo, para mostrar ao ar livre algumas das grandes descobertas científicas, sob forma de representações artísticas, que incluem mais de 150 artistas em simultâneo, numa ambiente de festa.
A este conjunto, juntam-se 30 cientistas e dezenas de experiências. As ruas de Estremoz, desde o centro da cidade até ao castelo, vão estar fechadas ao trânsito, nos dois dias, das 18h00 às 24h00, para se transformarem num palco gigante que vai acolher sete descobertas científicas. A iniciativa decorre ao abrigo do programa Ciência na Cidade.
Rui Dias, professor da Universidade de Évora, explicou hoje à agência Lusa que o projecto pretende "reviver algumas das grandes descobertas científicas, ao mesmo tempo que se vai dar ao participante a oportunidade, através da experimentação, de perceber o significado dessas descobertas". O docente, que é também o director executivo do Centro Ciência Viva de Estremoz, adiantou que as recriações vão ser repetidas de meia em meia hora e cada uma delas terá uma duração de cerca de 10 minutos.
De acordo com Rui Dias, este é um evento anual "único no país” e também o “único conhecido no mundo com estas características". As festividades começam com a recriação da Passarola, através de três balões de ar quente que vão ser colocados no Rossio Marquês de Pombal, a principal praça da cidade e uma das maiores do país.
Representações de descobertas
Seguem-se representações livres das restantes descobertas: o pêndulo de Foucault, o Eureka de Arquimedes, o arrefecimento de esferas de Buffon, a descoberta da estrutura do ADN e a queda de corpos de diferentes densidades (Galileu). Em cada quadro, palhaços, actores ou dançarinos vão evocar estes grandes acontecimentos.
Integrada no programa Ciência na Cidade, a Ciência na Rua dá “um contributo ímpar para o desenvolvimento turístico da região", apelando, sobretudo, para um turismo cultural de cariz científico, segundo a organização. O projecto Ciência na Cidade, apoiado pela Ciência Viva, pretende integrar a ciência na programação cultural das cidades, tendo como aderentes Évora, Estremoz, Tavira e Guimarães.
A Ciência na Cidade está em articulação com outras cidades europeias, através de um projecto que tem como objectivo criar uma estratégia comum de promoção de cultura científica nas cidades europeias. Em Estremoz, este projecto é promovido pelo Centro Ciência Viva de Estremoz, em colaboração com a Universidade de Évora e a Câmara Municipal. A edição 2008 do evento Ciência na Rua encerra a festa da juventude de Estremoz (Juvemoz).
Ciência Hoje
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